Na noite de 4 de abril, a TV Sucesso de Moçambique levou ao ar um programa que nunca tinha visto antes. Em vez da pro-gramação usual de programas noturnos de televisão, a estação transmitiu itens musicais edificantes e mensagens inspiradoras de líderes da Igreja em todo o mundo. Pela primeira vez, esta estação de TV local foi ao ar na manhã de domingo da Conferência Geral.Era quase meia-noite na mesma noite quando o Presidente Russell M. Nelson falou aos mem-bros da Igreja para encerrar a conferência. Foi então que ele anunciou que vários outros tem-plos seriam construídos.
“Queremos trazer a casa do Senhor ainda mais perto de nossos membros, para que tenham o sagrado privilégio de frequentar o templo tão frequentemente quanto suas circunstâncias permitirem”, disse o Profeta. “E então”, disse Freeman Dickie, que atualmente está a servir como presidente da estaca Beira Moçambique, “anunciaram que teríamos um templo na Beira!”Apesar da hora tardia, “circulavam mensagens nos grupos do WhatsApp. As pessoas estavam acordadas e comemorando! Primeiro, pudemos assistir à Conferência Geral ao vivo na TV pela primeira vez e, então, na mesma noite, veio o anúncio do templo! Pode imaginar como foi emocionante.”A Irmã Emilia Cristina Chaimane Paulino, membro do ramo Macuti na estaca Beira, diz que sentiu-se “cheia de felicidade” quando ouviu a notícia. “No momento em que soube, comecei a chorar de gratidão por essa bênção. Eu nem sei como expressar o que senti.”Seu marido, Ernesto Paulino, estava fora da cidade a trabalho e se sentindo mal na noite em que o anúncio foi feito. A Irmã Paulino o acordou de um sono profundo, ao telefonar para ele com a notícia emocionante.“Para falar a verdade, de repente recuperei da minha doença!” diz o irmão Paulino. “Quando ouvi a notícia, pensei: ‘Estou a sen-tir-me bem agora!’
Senti aquela graça incrível do Senhor”, diz ele. “Este é um dia de festa para nós. É algo muito especial.” O Presidente Dickie disse que os membros da Igreja na Beira, que situa-se na metade da costa leste de Moçambique, fizeram sacrifícios para frequentar o templo. No ano passado, eles começa-ram a viajar de avião para o Templo de Durban África do Sul, mas antes disso, os membros viajavam para o templo de Joanesburgo em viagens de autocarro que levavam de 36 a 40 horas.
“Partíamos na segunda-feira de manhã cedo e chegávamos em Joanesburgo na manhã de quarta-feira”, disse o presidente Dickie. “Adorávamos no templo por dois dias, depois partíamos novamente para Beira na sexta-feira de manhã e chegávamos em casa no sábado à noite.”Muitos membros acreditam que esse sacrifício ajudou a prepa-rá-los para um templo a ser construído em sua área. “Eu estava a pensar em todos os esforços que os membros fizeram; aquelas longas horas na estrada para chegar ao templo de Joanesburgo”, disse o irmão Paulino. “Agora, a notícia de que teremos templo por perto nos deu a sensação de que o Senhor conhece nossos esforços. Ele sabe que realmente precisamos dessas bênçãos do templo.”
O irmão Paulino também diz que junto com as bênçãos, ter um templo no meio trará seus próprios desafios: o desafio de não se tornar complacentes.“Acho que mais importante do que ter o templo por perto é a frequência com que iremos ao templo”, diz ele.“É como damos valor às ordenanças das quais participamos e como estamos dispostos a servir. Ter um templo por perto é uma coisa maravilhosa, mas como estamos pessoalmente dispostos a frequentar é a coisa mais importante.”
O irmão Jequecene Sande, do ramo de Macuti, diz que a notí-cia deu aos membros um renovado sentimento de esperança. “Nós nos sentimos abençoados”, diz ele. “A Beira foi devastada por inundações e tempestades muitas vezes, mas quando o pro-feta anunciou o templo na Beira, as pessoas sentiram alegria e esperança.”Ao mesmo tempo, também significa um maior sentido de res-ponsabilidade para com os membros, diz ele. “Sabemos que agora é o momento de fazer uma mudança em nossa vida, de estar perto do Senhor. Devemos mudar nossas vidas, viver de acordo com a lei do Senhor e aumentar nossa espiritualidade.”Presidente Dickie partilha o mesmo sentimento.“Precisamos do templo na Beira, mas ainda mais do que isso, precisamos dessa preparação para o templo”, diz ele.
“Tivemos que fazer algum trabalho e fazer alguns sacrifícios para ajudar a preparar-nos para o anúncio do templo, mas ainda há muito traba-lho e preparação a serem feitos. Fomos chama-dos para iniciar essa preparação agora”, disse o presidente Dickie.“Uma coisa é quando está a preparar-se para uma viagem ao templo; outra coisa é quando está a preparar-se para ter um templo em sua terra.”